\r\n Os fiéis que todos os anos participam da Festa do Senhor do Bonfim na cidade de Salvador (BA) já têm mais um motivo para comemorar. O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, reunido nesta quarta-feira, na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em Brasília, aprovou a proposta de Registro da celebração como Patrimônio Cultural Brasileiro.
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\r\n A Festa do Senhor do Bonfim, realizada sem interrupção desde o ano de 1745 e que atrai para a capital baiana o maior número de participantes, depois do carnaval, articula duas matrizes religiosas distintas – a católica e a afro-brasileira – assim como envolve diversas expressões da cultura e da vida social soteropolitana. A Festa do Bonfim, que ocorre desde o século XVIII e possui origem na Idade Média (península ibérica), tem fundamento na devoção do Senhor Bom Jesus, ou Cristo Crucificado, está profundamente enraizada no cotidiano da cidade e é elemento importante na constituição da identidade baiana. Embora se recrie a cada ano, seus elementos básicos e estruturantes permaneceram os mesmos, ou seja, a Novena, o Cortejo, a Lavagem, os Ternos de Reis e a Missa Solene. Mais que uma grande manifestação religiosa da Bahia, a celebração é uma referência cultural importante na afirmação da baianidade, além de representar um momento significativo de visibilidade para os diversos grupos constituidores da sociedade soteropolitana.
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